Em maio de 2011 a ONU (Organização das nações Unidas) lançou a Década de Ação pela Segurança no Trânsito, em que governos de todo o mundo se comprometeram a tomar novas medidas para prevenir acidentes no trânsito.

Na época tratava-se da nona causa de mortes em todo o mundo. Além disso, os acidentes no trânsito ferem de 20 a 50 milhões de pessoas a cada ano. Em muitos países, os cuidados de emergência e outros serviços de ajuda às vítimas do trânsito são inadequados.

Nestes últimos 10 anos percebeu-se grandes mudanças no mercado, melhorias nas fiscalizações, em especial para identificar condutores alcoolizados, implantação de radares objetivando a redução de velocidades e principalmente identificamos grandes avanços com relação as tecnologias embarcadas nos veículos. 

Depois de mais de 20 anos atuando com Investigação de Acidentes de Trânsito e estudado mais de 12 mil acidentes foi possível extrair alguns dados de grande relevância para atuarmos de forma mais assertiva na prevenção:

Dos 12 mil acidentes investigados principalmente em frotas de empresas:

Temos como fator determinante, ou seja, o elemento que deu causa ao acidente:

a) 70% – Fatores humanos

b) 25% – Fatores viários/ambientais

c) 5% – Fatores veiculares 

Temos como fator contribuinte, ou seja, não foi o que determinou a ocorrência do acidente, mas teve sua parcela de contribuição:

a) 60% – Geometria da via

b) 30% – Fatores climáticos (Chuva/neblina/Noite)

c) 10% – Fatores humanos

Diante destes resultados, que a cada ano foi se confirmando, que o fator humano encabeça a lista do principal causador de acidentes, nos debruçamos nestes números e buscamos verificar se existe uma fórmula mágica para atuar diretamente nele e com isso reduzir acidentes e consequentemente salvar vidas. 

PLANO DE AÇÃO:

a) Nesta jornada ficou evidente que temos que primeiramente identificar o perfil e característica de cada acidente. No processo de investigação buscamos elementos para chegar rapidamente ao local do acidente objetivando ter maiores subsídios para avaliar os vestígios deixados por ele na via.

b) Com uma matéria prima de maior qualidade, ou seja, dados de maior qualidade técnica, que aqui chamamos de vestígios, foi possível ter um processo de investigação de maior qualidade.

c) Ao se identificar problemas relacionados ao fator humano, buscou-se levar subsídios para a empresa para melhor avaliar o perfil de seu condutor, melhorar o processo de capacitação e em alguns casos de formação, readequação de sua jornada de trabalho, reavaliação médica e principalmente um programa de conscientização.

d) Como ferramenta de apoio buscou-se avaliar como as tecnologias embarcadas podem nos dar mais informações sobre o condutor, em especial sobre seu perfil de condução e com estes dados alinhamos com os programas internos de capacitação e conscientização dos condutores.

Com estes estudos ficou comprovado que tudo se inicia com um processo investigativo, ou seja, a diagnose do problema de acidentes da sua frota, e na sequência determinar ações efetivas, em especial para melhorar os programas internos de conscientização quanto a prevenção de acidentes.

Um programa adequado de prevenção de acidentes consegue salvar muitas vidas e evitar grandes perdas financeiras. Ficou comprovado que o investimento feito em prevenção se torna muito barato quando confrontado com as vidas salvas.

A vida não tem preço………………mas salvar vidas é um bom negócio!!!